Ações da Adepará garantem qualidade do limão Thaiti de Monte Alegre

 

 

A produção de limão Taiti em Monte Alegre, no oeste do Pará, deve chegar a 98 mil toneladas neste ano, somando as duas safras anuais, superando a de 2020, que foi 86,184 mil toneladas. Para garantir que o fruto chegue com qualidade na mesa da população, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), promove ações periódicas de fiscalização de controle sanitário e documental.

Foto: Divulgação

Na última semana, uma ação de fiscalização ocorreu no Terminal Hidroviário Argemiro Bahia da Costa, do município, onde os técnicos da Adepará realizaram o levantamento da documentação fitossanitária das cargas, que para trânsito interestadual é a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), assim como identificação de pragas e doenças. Durante a ação, não foi identificada nenhuma irregularidade.

Segundo Cesar Augusto Sousa Filho, Agente Fiscal Agropecuário (AFA) da Adepará, o município de Monte Alegre é um importante polo de citricultura da região do baixo amazonas, e é reconhecido como área livre de cancro cítrico e zona tampão para a mosca-da carambola, pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“E como o município abastece estados como Amazonas, Amapá, Maranhão e também para outros países, é necessário que este produto esteja totalmente regularizado. Neste sentido, a Adepará trabalha ativamente na fiscalização no Posto de Fiscalização Agropecuária (PFA) de Monte Alegre, para controlar o envio dessas cargas”, explicou Cesar.

Produção – Atualmente, a produção de limão representa algo em torno de 20% a 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do município de Monte Alegre, gerando uma receita anual superior a 40 milhões de reais aos produtores da região.

E 90% da produção de Monte Alegre é absorvida pelo mercado de Manaus no Amazonas, indo também para Macapá, no Amapá, Belém no Pará, Imperatriz no Maranhão e Sinop no Mato Grosso.

De acordo com o último levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, o Pará é o segundo maior produtor de limão do Brasil, perdendo apenas para o Estado de São Paulo.

 

Foto: Divulgação

Apoio – Há cerca de 25 anos o cultivo de limão já é desenvolvido em Monte Alegre, mas comercialmente o produto começou a se fortalecer uma década depois e há 10 anos vem recebendo o apoio contínuo de órgão do Estado, como a Adepará e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). A produção é significativa e grande parte dos agricultores são familiares.

O técnico em agropecuária da Emater em Monte Alegre, Francisco Lima, comenta que o apoio sistemático dos órgãos do Estado tem proporcionado o crescimento considerável da produção local.

“A Emater atua para fortalecer a relação com o produtor, levando assistência técnica diferenciada, crédito rural e políticas públicas. A expectativa é chegar a mais de 4.000 hectares de área plantada, neste ano. É um limão de qualidade e que tem conquistado cada vez mais mercados no Brasil e no mundo”, garante o técnico em agropecuária.

Morador da comunidade Novo Brasil, na zona rural do município, o produtor Jean Silva trabalha há nove anos com o plantio do fruto, em uma área de mais de oito hectares. Ele pretende aumentar a área e, assim, gerar maior renda para a família. “É do limão que eu tiro o meu sustento, então tenho que investir para aumentar a produção e vender mais. Conto com o apoio da Adepará e Emater, isso é fundamental”, pontua.

Controle – O trabalho de controle de pragas, educação e inspeção sanitária foi importante para colocar o Pará como pioneiro entre os Estados com o título de área livre de cancro cítrico, pelo Mapa, por meio das resoluções números 1 e 6, de março de 2017. No mesmo ano, por meio do decreto nº. 1943, o Governo do Estado criou dois pólos citrícolas, localizados no nordeste e oeste paraense.

No ano de 2017, o município recebeu o status de área livre do cancro cítrico, com um produto de excelente qualidade. O Pará também é ausente para as pragas pinta preta e greening.
“Esse status proporcionou um grande avanço pra cadeia produtiva, com a ampliação do mercado e reconhecimento da qualidade e padrão sanitário, segurança alimentar, fomentando ainda mais a cadeia produtiva e gerando emprego e renda”, finaliza Cesar Filho.

O cancro cítrico é uma praga que ataca todas as variedades e espécies de citros. Altamente contagiosa, a bactéria é resistente e consegue sobreviver em diversos ambientes por vários meses. Por tratar-se de uma praga quarentenária, o comércio de frutos cítricos e seus derivados, é regulamentado por legislação internacional. A não adoção de medidas de exclusão ou erradicação da doença impede o comércio para países livres do cancro.

Para que tenha autorização de trânsito e comércio, o produtor deve estar cadastrado na Adepará. O cadastramento pode ser feito no site da Agência ou na unidade Adepará mais próxima.

Por: Rodrigo Reis (Adepará)

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