Com alto volume de chuva no Pará, 20 de 23 comportas da hidrelétrica de Tucuruí estão abertas

Após cheia do rio Tocantins por conta das chuvas no inverno amazônico, mais cinco comportas da usina hidrelétrica de Tucuruí, sudeste do Pará, precisaram ser abertas esta semana para dar vazão à água.

Alto volume de chuvas na região pode fazer com que o reservatório da usina ultrapasse o limite máximo permitido e por isso a medida foi tomada na usina que está entre as maiores do Brasil. Moradores de outras cidades paraenses estão alertas, como em Marabá, onde foi decretado situação de emergência.

De acordo com a Eletronorte, empresa responsável pela usina, o objetivo é dar vazão ao rio Tocantins, já que o volume de chuvas na região está acima do normal.

Segundo a empresa, o nível do reservatório está em 68 metros — máximo permitido é de 74 metros, com 20 comportas abertas e, caso a afluência aumente consideravelmente, existe a possibilidade de abrir outras.

Assim, as 23 comportas que compõem a hidrelétrica podem ser abertas por conta da elevação no nível do rio. Isso já ocorreu em março de 2018, por exemplo, para manter o nível do lago seguro. Em 2021 também ocorreu a abertura total.

Chuva no Pará

A chuva forte na região preocupa moradores de cidades da região sul e sudeste do estado. Em Marabá, a prefeitura decretou situação de emergência e mais de 150 famílias estão desabrigadas por causa das cheias.

Aumenta número de desabrigados em Marabá por causa da chuva

Aumenta número de desabrigados em Marabá por causa da chuva

Se continuar chovendo, o nível do rio pode subir mais e algumas partes da região central da cidade podem ficar alagadas. Em Paragominas, a prefeitura também monitora o nível do rio.

Em outras cidades, como em Bragança, a chuva forte abriu uma cratera no asfalto e a situação também é monitorada.

Asfalto cede com chuva e forma cratera em Bragança

Asfalto cede com chuva e forma cratera em Bragança

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a previsão em janeiro é de chuvas acima da normalidade para a região, com acumulados de até 400 mm no mês; Na região metropolitana de Belém, pode chegar a 500 mm.

Enquanto outras regiões do país vivem o pleno verão, na região Norte as cidades vivem neste período o chamado inverno amazônico, por registrar mais chuvas que nos demais meses do ano. No entanto, as temperaturas se mantém elevadas também nesses meses, de dezembro a março.

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