Como estará o setor canavieiro em 2021?

Produção pode sofrer uma queda

De acordo com o novo relatório de perspectivas para o agronegócio brasileiro do Rabobank, dada a situação atual no campo, será necessária uma entressafra quase perfeita em termos de clima, para evitar alguma queda de produtividade do setor canavieiro em comparação a safra 2020/21. “Assim, trabalhamos com uma projeção preliminar de 575 milhões de toneladas para a moagem no centro-sul em 2021/22, com a premissa que a qualidade da cana volte para a média dos últimos anos, em 138 kg ATR/tonelada cana”, comenta.

 

“A combinação de uma moagem levemente menor, associada a um retorno da qualidade da cana para um patamar normal em 2021/22, aponta uma redução de ATR total em torno de 7% entre 2020/21 e 2021/22, de 85,8 para 79,4 milhões de toneladas”, completa.

O clima seco permitiu que a safra se desenvolvesse rapidamente, e a qualidade média da cana atingiu seu maior nível desde a safra 2007/08, previsto em aproximadamente 144 kg ATR/tonelada cana. “No acumulado até setembro, a estratégia geral de colher canaviais mais jovens na primeira parte da safra acabou elevando o nível médio da produtividade em 3,3%, comparado ao ciclo anterior. Mas, o resultado da safra inteira depende do desempenho das últimas áreas a serem colhidas, que são mais velhos e foram expostos a uma seca prolongada desde março. Mesmo assim, projetamos que tanto a produção de ATR total quanto de açúcar, devam atingir níveis recordes, em 85,8 milhões de toneladas e 38,2 milhões de toneladas, respectivamente”, indica.

“Qual é o legado que 2020/21 deixa para a safra de 2021/22? Em primeiro lugar, como consequência da seca de 2020, o plantio de cana de 12 meses acabou sendo reduzido e o desenvolvimento do canavial para a nova safra provavelmente atrasou. Em decorrência disso, a idade média do canavial em 2021/22 deveria ser levemente maior que em 2019/20 e aumentando as chances de atraso do início da nova safra. Além disso, provavelmente haverá uma leve queda de área total de cana devido aos preços altos da soja”, conclui.

Fonte: Leonardo Gottems

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