Dia de Campo em Irituia mostra como transformar pastagem em sistema agroflorestal

Mais de 300 agricultores de Irituia e São Miguel do Guamá, no nordeste paraense, devem participar, nesta sexta-feira (18), do Dia de Campo de Mecanização Agrícola em Áreas de SAFs, promovido pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Irituia, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor) e com a iniciativa privada.

mecanização-de-terra-jpgO evento faz parte do projeto multiinstitucional Tijolo Verde e será realizado na Fazenda Mirante dos Ventos, localizada na Estrada do Itabocal. A propriedade é do agricultor Luís Vanderlei Alencar, atendido pela Emater há mais de 20 anos. Ele cria gado de corte e cultiva citrus.

No Dia de Campo, técnicos demonstrarão o uso de trator e implementos na transformação de um hectare de pastagem em um sistema agroflorestal (SAF) que envolve as etapas: preparo da área, correção química do solo com calcário e piqueteamento a partir de varas de madeira oriunda de reflorestamento.

“Em comparação com o trabalho braçal, a mecanização acelera o processo em mais de 4.000%. “Com o trator, o agricultor termina o trabalho em uma hora. Se fosse na mão, teria que contratar pelo menos mais uns três ajudantes pra conseguir terminar o trabalho em dois dias”, explica o chefe do escritório local da Emater em Irituia, o engenheiro agrônomo Wildson de Moraes.

O público do Dia de Campo será composto sobretudo pelas 200 famílias beneficiárias do Tijolo Verde nos dois municípios, que pelo projeto podem receber crédito da linha “Mais Alimentos” do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para a compra de maquinário. A proposta é que, a partir de seis viveiros já ativos só em Irituia, com capacidade de produção de 30 mil mudas por ano, cada família dali, de um universo de 75 participantes, plante SAF associando essências florestais e frutíferas, em um hectare da propriedade.

Duas das espécies de madeira recomendadas, acacia mangium e ingá, serão destinadas ao abastecimento de lenha para os fornos das olarias da região, cuja principal força econômica é a cerâmica, e para os fornos de fabricação de farinha. Para o evento também estão sendo esperados outros produtores vizinhos, tradicionalmente plantadores de mandioca e agora interessados em diversificar as atividades.

Fonte: Agência Pará

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