Fazendas do Piauí começam a operam com 4G tratores e outras máquinas

A conectividade permite que produtores rurais adotem tecnologias, diminuam seus custos e encontrem melhores oportunidades de venda.

Um fato inédito e pioneiro marcou esta semana a região do Cerrado do Piauí: a chegada do sinal 4G em  fazendas da região de Baixa Grande do Ribeiro e Ribeiro Gonçalves. O investimento é do Grupo Insolo que investe no Piauí há mais de 20 anos.  “A chegada do 4G na região tem também um grande impacto social porque é um sinal que será também usado pela população das comunidades”, avalia o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Piauí, Aprosoja Piauí, Alzir Neto.

Segundo ele, agora as lavouras da região estarão diretamente ligadas, via Internet, com o mundo. Isso representa um grande avanço tecnológico para pesquisa, produtividade, economia e atração de investimentos porque tudo que é feito pelos produtores agora poderá ser acompanhado em tempo real  em qualquer lugar do mundo.

Com isso,  a telefonia celular é acessada  em qualquer parte do campo dos Cerrados piauienses. “É um salto importante porque o sinal é aberto e pode ser usado pelas comunidades nos telefones celulares dos habitantes dos municípios. Até a semana passada nenhuma fazenda no meio do Cerrado tinha rede , só nas sedes das fazendas e era  via rádio.

Fazendas do Piauí começam a operam com 4G tratores e outras máquinas (Foto: Divulgação)
Fazendas do Piauí começam a operam com 4G tratores e outras máquinas (Foto: Divulgação)

“Com essa possibilidade até o maquinário pode ser mais moderno.  Máquinas que trabalham com pesquisas em tempo real enviando e recebendo dados passam a funcionar nos Cerrados”, declarou.

A conectividade permite que produtores rurais adotem tecnologias, diminuam seus custos e encontrem melhores oportunidades de venda. A conexão veloz pode  facilitar pesquisas, dar acesso a novos fornecedores e permite ver preços e pesquisar equipamentos.

Atribuem-se mais de 60% do crescimento agrícola nos últimos anos à melhora tecnológica, que não é restrita à utilização de maquinário moderno. Desenvolvimento de sementes, acesso a insumos com preços menores, sistemas para venda com preços competitivos, meios para escoamento das produções, formação educacional de produtores e mecanismos para acesso rápido a crédito também fazem parte.

A tecnologia só é adotada se for lucrativa. Com a diferença de preços, a tecnologia que está tocando os grandes produtores, levando a agricultura brasileira a salvar a economia brasileira.

Pequenos, médios e grandes produtores se auxiliam, e os menores saem favorecidos com tecnologia, expertise e infraestrutura. “Existe uma estrutura de apoio a eles em termos de orientação tecnológica. Com o passar dos anos, eles vão se tornando autossuficientes e profissionais. Era isso que se queria há mais de 40 anos”, afirma Elias Teixeira Pires, consultor em agronegócio e produtor.

Fazendas do Piauí começam a operam com 4G tratores e outras máquinas (Foto: Divulgação)Fazendas do Piauí começam a operam com 4G tratores e outras máquinas (Foto: Divulgação)
Fazendas do Piauí começam a operam com 4G tratores e outras máquinas (Foto: Divulgação)

Presença 4G no Cerrado aumenta produtividade

Apesar do avanço tecnológico em equipamentos e conectividade ainda é um desafio a agricultores. A realidade no campo é que a modernidade ainda esbarra na falta de conectividade. Os dados não chegam aos produtores em tempo real. Enquanto 1% dos moradores nas cidades diz não ter acesso à internet, nas áreas rurais esse índice é de 21%, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Há dois anos, menos de 10% do território agrícola brasileiro está conectado atualmente, o que representa 7 mil quilômetros quadrados cobertos por internet 4G – as principais áreas estão nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia. Uma torre de telefonia pode cobrir até 35 mil hectares.

Atualmente, com apenas 23% da área rural coberta com sinal de internet móvel, o Brasil poderia ampliar o valor da produção agrícola em até R$ 100 bilhões com a ampliação do sinal de telefonia. A estimativa consta de estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) divulgado em maio pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Por: O meionorte

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