Futura safra de café arábica do Brasil gera incertezas entre o setor produtivo – SBA

Fonte: Internet
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A safra de café arábica do Brasil temporada 2016/17 começa a dar os primeiros sinais de desenvolvimento com a chegada das primeiras floradas na região sudeste do país. Junto com estas primeiras floradas, no entanto, chegou também a preocupação dos produtores com o desempenho da nova safra.

As incertezas acontecem devido a três motivos:

– Porque choveu em agosto (o que não é típico para o período), favorecendo a antecipação da florada, o que por sua vez pode fazer com que o grão se desenvolva fora do zoneamento agrícola ideal.

– Porque esta nova safra é de bienalidade negativa, o que já sinaliza baixa produção. Para quem não é familiarizado com este termo, aqui no Brasil é caraterística a produção de safras altas de café alternadas com safras baixas – num ano a safra é de bienalidade positiva e no outro, negativa.

– Porque a condição dos pés de café não é favorável: plantas estão desfolhadas e ramos pouco desenvolvidos em função das intempéries climáticas da última temporada (estiagem entre abril e maio, geadas em junho e inverno chuvoso). Portanto, não apresentam boas condições para suportar a floração e a frutificação.

A condição ruim dos cafezais em algumas regiões têm levado produtores a antecipar podas que fariam no ano que vem para recuperar os cafeeiros. Em muitos casos, têm sido feita a chamada “poda zero”, com o esqueletamento das plantas. Nesse caso, a produção dessas plantas será zero no ciclo 2016/17, só podendo produzir na safra seguinte.

O Conselho Nacional do Café diz que ainda é cedo fazer previsões quanto à próxima safra de café arábica, mas o setor já espera um volume menor em relação à safra 15/16.

Analistas de mercado dizem que esta preocupação com a nova safra ainda não influenciou no mercado, que mesmo assim já tem preços em alta devido aos baixos estoques do grão.

Na opinião de alguns, não há margem para erro. Para que o Brasil consiga atender a demanda interna e manter seu ritmo de exportação, é preciso que chova nos próximos meses e que os cafezais do país tenham boas floradas. Caso contrário, o país pode não conseguir suprir toda a demanda.

Fonte: SBA

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