Pai faz DNA em vacas para encontrar leite que filho com alergia possa tomar, em Mineiros

De 80 animais, 40 não possuem proteína que causa reação no bebê. Outras famílias que enfrentam o mesmo problema começaram a procurá-lo, e ele acabou criando um novo negócio.

Para ajudar o filho, produtor investe em pesquisa para produzir leite para alérgicos

O veterinário Elisson Carvalho decidiu fazer testes de DNA em vacas para encontrar uma forma de o filho, Otávio Borges Carvalho, de 1 ano e 2 meses, tomar leite tirado na fazenda, em Mineiros, na região sudoeste de Goiás. O motivo é que o bebê possui alergia a uma proteína que compõe cerca de 80% do leite retirado da maioria das vacas: a beta caseína A1. Com o exame, ele conseguiu identificar animais que têm apenas outro tipo de proteína.

“Sabendo que o gado girolando tem a probabilidade de ter mais animais que produzem leite com a proteína A2 A2, a gente fez a genotipagem. Das 80, em torno de 40 vacas tem a produção do leite A2 A2”, contou Carvalho.

De acordo com o veterinário, antigamente, todas as vacas tinham a proteína A2. “Há mais ou menos 5 ou 10 mil anos, todas produziam A2 A2. Na Europa, houve uma mutação genética, e começou a ter animais que produzem leite com a proteína A1. Então, zebuínos têm a características de A2 A2”, explicou.

Negócio

As vacas que produzem leite apenas com a proteína A2 A2 são sinalizadas com uma corda no pescoço. Elas são ordenhadas separadamente. O investimento total para produzir o leite especial foi de R$ 60 mil, segundo Carvalho.

O veterinário conta que, ao comentar com amigos e parentes, outras famílias que têm alergia à proteína do leite de vaca começaram a procurá-lo e, assim, desenvolveu um novo negócio.

“A gente não imagina a quantidade de crianças que também apresentam esses sintomas e tem de parar de consumir o leite que nessa fase inicial é, praticamente, a base da alimentação”, afirma a mãe do Otávio, Jaqueline Borges Carvalho.

Vacas que produzem proteína A2 A2 são sinalizadas com corda no pescoço em fazenda de Mineiros, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Vacas que produzem proteína A2 A2 são sinalizadas com corda no pescoço em fazenda de Mineiros, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Fonte: G1

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