Quanto mais manso o gado, menor é o cérebro, aponta estudo

Publicação sugere que processo de domesticação contou com uma seleção genética intuitiva, o que resultado em animais mais dóceis

A domesticação de animais selvagens interferiu diretamente na evolução das espécies nos últimos milhares de anos. No caso do gado, que começou a ser domesticado 10 mil anos atrás, no Oriente Médio, isso não foi diferente.

Segundo a revista Science, uma das publicações de ciência mais respeitadas do mundo, estudo publicado na Proceedings of the Royal Society B mostra que o cérebro dos bovinos diminuiu em relação ao seu antepassado, o auroque, extinto há 400 anos.

Uma equipe de paleontólogos fez tomografia computadorizada em 13 crânios de auroques que estavam em coleções de museus na Europa. Eles também digitalizaram a cabeça de 317 vacas e touros representando 71 raças diferentes de todo o mundo, e mediram a largura do focinho para estimar o tamanho geral do corpo.

A análise concluiu que os animais domesticados tinham cérebros aproximadamente 25% menores do que os auroques. Além disso, o estudo apontou que os animais usados em touradas possuem o maior cérebro entre os que interagem com os humanos, enquanto o gado leiteiro, que tem uma rotina e proximidade maior com os produtores, tem o menor.

Ainda que intuitivamente, ao escolherem animais dóceis para a pecuária, os criadores podem ter provocado uma seleção genética, que gerou cérebro menores justamente nas partes que controlam medo, ansiedade e agressão.

Por Canal Rural

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