Soja em queda livre: “Não se via há mais de 2 anos”

Preços se aproximam perigosamente dos custos totais de produção, estimados pelo Deral

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quinta-feira (02.05) com preços médios da soja caindo 1,10% no mercado de lotes no interior dos três estados do Sul ou seus equivalentes em outros estados, para R$ 69,36/saca.

De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, isso é “algo que não se via há mais de dois anos”. Já os preços sobre rodas nos principais terminais portuários do Sul também caíram, porém menos, cerca de 0,56%. Os valores ficaram em R$ 73,94 a saca – o que também é um recorde de queda.

“O mês de maio começou com o mesmo viés de queda nos preços da soja verificados nos últimos três meses, com preços abaixo de R$ 70,00/saca. Estes preços se aproximam perigosamente dos custos totais de produção, estimados pelo Deral-PR em R$ 64,08/saca, para quem tem rendimento de apenas 55 sacas/hectare. Para quem tem este custo, o lucro da soja passou a ser de apenas 8,23%”, aponta pacheco.

ARGENTINA

A colheita da soja progride em um bom ritmo sobre a maior parte da Argentina, com os rendimentos registados excedendo as expectativas iniciais. Apenas a região norte, enfrentando dificuldades devido a excessos de água. A colheita da soja tem um avanço de 59% na superfície nacional. Na zona central, o trabalho está nos lotes finais (85% da área). “O cenário de rendimentos ainda é encorajador, atingindo uma média nacional de 3.740 kg/ha. O volume de mercadoria entrado até o momento seria de 38 milhões de toneladas”, conclui Pacheco.

Fonte: Agrolink

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