Confinamento de gado fica estável pela primeira vez desde 2015, diz DSM

Os pecuaristas do Brasil confinaram 7,029 milhões de cabeças de bovinos neste ano, volume praticamente estável em relação aos 7,04 milhões registrados em 2022, conforme dados preliminares do Censo de Confinamento DSM 2023 divulgado nesta segunda-feira (27/11).

Trata-se do primeiro resultado sem variação desde 2015. No intervalo de 2021 para 2022, por exemplo, a terminação intensiva havia aumentado 4%. O desempenho apresentava avanços anuais constantes desde 2017.

Detentor do maior rebanho nacional, o Estado de Mato Grosso conseguiu elevar em 3% o volume de gado confinado neste ano, para 1,47 milhão de cabeças. Em São Paulo, porém, o confinamento caiu 6%, para 1,19.

Segundo o gerente técnico Latam de Confinamento da dsm-firmenich, Hugo Cunha, havia uma expectativa inicial de queda para o número de animais que seriam confinados, porém, a entrada da segunda safra de milho reduziu em alguma medida os custos com ração e estimulou os pecuaristas a engordar o gado no sistema intensivo.

Vale lembrar que o ano de 2023 foi marcado por quedas intensas nos preços da arroba motivadas pelo ciclo de alta oferta da pecuária brasileira, cenário que pesou negativamente sobre a cadeia.

“Apesar das adversidades, temos a expectativa de ter um número (de gado confinado) semelhante ao que foi confinado em 2022”, enfatizou o executivo sobre o resultado esperado para este ano.

Sobre o desempenho negativo de São Paulo, Estado que conta com algumas das maiores estruturas de confinamento do país, Cunha explicou que a região possui muitos boiteis. Esse tipo de sistema de boitel, segundo ele, representa cerca de 25% dos confinamentos do Brasil e recuou 11% no volume de gado confinado em 2023, pressionando o resultado total da terminação intensiva.

Por: Globo Rural

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