Vale prevê mais cortes na produção de fertilizantes – Globo Rural

Em relatório que mostra aumento de receita no segundo semestre, empresa fala em mercado “sobre ofertado”

(Foto: Divulgação/Vale)
(Foto: Divulgação/Vale)

A Vale Fertilizantes espera por novos cortes na produção no curto e médio prazo. Na avaliação da empresa, a demanda por adubo deve permanecer firme, mas as condições do mercado ainda são consideradas “desfavoráveis”, apesar dos patamares elevados das cotações de commodities agrícolas.

A avaliação está no balanço do segundo trimestre da mineradora, divulgado nesta quinta-feira (28/7). Mesmo destacando fatores negativos, a divisão de fertilizantes contabilizou entre abril e junho receita líquida de US$ 464 milhões. O valor superou o desempenho dos primeiros três meses de 2016 (US$ 384 milhões), mas foi menor que o do segundo trimestre de 2015 (US$ 568 milhões).

No balanço, a Vale Fertilizantes avalia que o segundo trimestre foi de aumento de custos e queda dos preços. A situação afetou o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que fechou em US$ 32 milhões. Bem abaixo do primeiro trimestre (US$ 70 milhões) e do intervalo de abril a junho de 2015 (US$ 163 milhões).

“A redução do Ebitda em relação ao primeiro trimestre de 2016 deveu-se, principalmente, aos maiores custos, menores preços, maiores despesas e variação cambial, sendo parcialmente compensados pelo impacto positivo do maior volume de vendas”, informa o balanço da companhia.

A elevação mais expressiva nas vendas foi registrada no segmento de fosfatados. Do primeiro para o segundo trimestre, a receita líquida passou de US$ 290 milhões para US$ 363 milhões. O volume comercializado passou de 1,45 milhão para 1,88 milhão de toneladas. “O mercado global de fosfatados permaneceu fraco”, analisa a empresa. “A demanda de grandes consumidores, tais como o Brasil, foi firme. Entretanto, a oferta superou a demanda”, acrescenta o relatório.

O segmento de nitrogenados contabilizou receita líquida de US$ 60 milhões no segundo trimestre de 2016, superando em US$ 2 milhões o resultado do intervalo dos primeiros três meses do ano. O volume de vendas caiu de 146 mil para 145 mil toneladas no período.

“O mercado de nitrogenados permaneceu sobreofertado. Alguns produtores norte-americanos de amônia, bem como produtores chineses de ureia, têm reduzido a produção, o que deve ajudar a reequilibrar”, avalia a Vale Fertilizantes.

A exceção foi o potássio, em que o volume comercializado caiu de 104 mil para 103 mil toneladas de um semestre para outro do ano. O faturamento líquido no período caiu de US$ 23 para US$ 22 milhões. “O mercado de potássio continuou a sofrer cortes de produção, principalmente de produtores europeus. No entanto, a oferta permaneceu forte e pressionou os preços”, diz a empresa.

POR RAPHAEL SALOMÃO

Fonte: Globo Rural

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